MORTE: FIM ?
Fechada sua tampa, eis que o suntuoso esquife
Vai conduzido em vagaroso e solene passo
Rumo ao frio, lúgubre, hermético espaço,
Morada última do ocupante: energúmeno patife.
Cortejo chega afinal à adornada tumba.
Sob fingidos prantos esta foi lacrada
Após em base granítica ser colocada
A urna que contém a humana carne imunda.
Intacto, o caixão por tempos irá permanecer.
É madeira de lei, resistente a externas destrutivas agressões.
Mas o corpo, ah! já envolto se acha em inelutáveis decomposições.
Nem todo o dinheiro pelo morto legado pode tais algemas romper.
Dentro em breve, como impossível é quebrar esses grilhões
Hão de restar apenas ossos. E o vulto, só em mal assombradas visões.