Destinados
Os quadros negros
São sofridos
São feridos
Sangrentos e esquecidos
São crianças
Mulheres e
Homens que têm seu destino traçado
De acordo com a cor e a raiz que os precedem
Por serem PRETOS POBRES e como muitos pensam PEQUENOS
Passam fome
Sofrem misérias humanas
São mal olhados
São mal vistos
São largados a definhamento... A morte... Ao nada de algum lugar
Há uma criança! Ou melhor, dizendo: há várias crianças
Há infinitas mulheres
Há homens
Destinados a serem nada
Porque nada decidiram e ofereceram a nós
Um horizonte passado
Resulta em sofrimentos que agora não tenho forças de significar
Fomos, somos e, no andar da carruagem, sempre seremos escravos
Afinal, somos pretos!
Somos burro de carga
Mula e mulata
E temos que está sempre flexível
As ordens dos outros
Pois, se assim não for
Estaremos destinados
A não fazer mais
Parte
Dessa
Vida.