A Que Tudo Colhe

Quantos por este mundo já passaram?

E todo a sua marca aqui deixaram,

em pequenos círculos ou no mundo inteiro.

Alguns pouco ficaram e outros muito aproveitaram.

A vida conturbada do grão de arreia,

grãos de arreia dentro de outro grão.

Lutamos por espaço e nada conquistamos,

tudo aqui deixamos, o pior é a falta que fica no ar.

Palavras pronunciadas, olhares profundos,

belos sorrisos, abraços fortes, a pouca sorte,

os risos do azar, daquela pessoa que uma vez

na vida encontramos e nunca esquecemos.

O momento do primeiro beijo de dois seres,

Lembrança compartilhada, assim como a

primeira vez na cama. Até o encontro da

pessoa certa e a saudade sempre tem a porta aberta.

E os grãos vivem no grão, lutando por espaço,

viver é aprender e não tudo ter, viver é chorar.

perder-se, se encontrar e lembranças acumular.

Passa voando e o sino que não atrasa a hora certa aguarda.

Então que vem a foice, colhe a vida, o espaço

conquistado perde-se, as lembranças carregamos

e a saudade aqui fica. Sejas bem vinda dona morte!

A única que tudo colhe...

Rafael Razador
Enviado por Rafael Razador em 26/08/2012
Código do texto: T3849512
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