Poema Alquímico

Eu, que me rasgo em um abraço

a meus próprios braços

só quero seu amor,

Amor meu.

Eu, satélite, giro,

giro em torno de você,

mesmo que gire em volta de outro.

Eu só quero você!

Que me cegue o Sol!

Eu não quero ver mais nada,

as imagens da Casa dos Tesouros

não me satisfazem!

Eu me abraço e lhe acho

em meus braços, num abraço nosso.

Eu quero só você em mim!

Tão distante e ao mesmo tempo tão perto.

Em mim, a mim, por mim,

Para meu eu se dissolver em você,

venha, meu Amor!

Rasgue meu peito

(minhas unhas já o rasgam)

e nasça dele!

Das marcas, o sangue...

É Real o Sangue em meu peito.

O Real é só você em mim,

jorrando de meu peito,

Amor meu!

É esta a Fênix que sonhei,

não a outra,

a cabeça do corvo alquímico,

a negra disfarçada de vermelha,

que precede a você...

Você que deu o primeiro grito,

meu coração grita é por você!

Baco Diphues
Enviado por Baco Diphues em 25/08/2012
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