a morte do poeta
O mão entrecorta
Ou corta o vazio
O gosto frio que suspende
O coração desalmado
As palavras soltas
Se juntam e se revoltam,
E suja o mundo com seu
Sangue, com sua coisa morta
E o homem que o menino
Representa, inexistente
Finge-se pedra, matéria....
E o telhado sombrio
Se cair, cai sobre o
Colo da árvores retorcida
Sem esperança, montada
No cavalo sem cela e com frio
E a palavra suja e limpa
Palavra cria outra vida
E deus fez-se verbo
Na morte do poeta...