a morte do poeta

O mão entrecorta

Ou corta o vazio

O gosto frio que suspende

O coração desalmado

As palavras soltas

Se juntam e se revoltam,

E suja o mundo com seu

Sangue, com sua coisa morta

E o homem que o menino

Representa, inexistente

Finge-se pedra, matéria....

E o telhado sombrio

Se cair, cai sobre o

Colo da árvores retorcida

Sem esperança, montada

No cavalo sem cela e com frio

E a palavra suja e limpa

Palavra cria outra vida

E deus fez-se verbo

Na morte do poeta...

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 25/08/2012
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