ME CALO!

Agora entendo a poesia, pois assim me faço opinativo,

Não consigo rimar com a maestria PARNASIANA,

Apenas as faço com um ponto interrogativo,

Pois que meus pensamentos me profana!

Versando posso falar do amor, e de saudade,

Coisa improvável para a minha voz sem expressão,

Em prosa não vos digo, pois não faço canção,

Apenas me deleito com a poesia de falsidade!

Pois disse o poeta, que o poeta é mentiroso,

Um horror em minha alma adentrou com tal lido,

Pus-me a ponto de bobo ofendido,

Pois que de poesia me faço ditoso!

Não sei escrever como penso as coisas,

Apenas penso as coisas e escrevo,

Será que o poeta disse a verdade com o que relevo,

Ou será que eu aceito as coisas, como coisas?

Ao que pensa o poeta sobre a mentira, não sei,

Apenas minto para mentir o que eu minto,

Sei falar de tudo quanto sinto,

Mas não sei falar de tudo a que pensei!

Apenas penso para escrever e não falo,

Sinto em cada letra uma inspiração,

Quando em voz me torno ativo, me calo,

E assim escrevo, sem orientação!

RENGAV
Enviado por RENGAV em 25/08/2012
Código do texto: T3849000
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