outrora

outrora era uma estrela

só uma estrela havia

que a noite em mim

tentava esconde-la

mas nunca conseguia

outrora era uma estrada

só uma estrada vazia

que saía de dentro de mim

onde o mundo não tinha mais fim

onde nenhum horizonte cabia

outrora eu era assim

só desalento me vivia

não me havia mar

nem vento

nem me havia revelia

mas hoje

sou apenas quem sou

sou viagem

sou pensamento

sou ventania

sou eu

meu proprio unguento

sou meu cada momento

sou a minha poesia

jose luis lacerda
Enviado por jose luis lacerda em 25/08/2012
Reeditado em 25/08/2012
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