A Serpente
Suba comigo aos confins do infinito
E aprecie a vista por cima do mundo
Dou-lhe esse universo tão bonito,
Dos picos ao monte mais profundo.
Meus olhos refletem a rebelião
Contra os desejos de meu criador,
Trago comigo toda essa multidão
Que se digladiam por ódio e rancor
Sou comandante desta grande nação
E nestas águas límpidas mergulho,
Planejando com ira a minha traição,
Apossado da minha ira e orgulho
Venha adorar-me com louvores,
Eu serei teu santíssimo Deus,
Que ao ouvir da tua nação clamores
Acusar-te-ei pelos pecados teus!
Quebrarei as barreiras dos imortais,
Com a maçã o proibido fruto,
Fazendo-te erguer os prazeres reais
Pela morte e fúnebre luto!
Serei o mestre de toda a dominação,
Quando abrir-se a sua mente,
Trazendo comigo para ti a danação
Pois sou a asquerosa serpente!