Por trás da cortina
Tento representar, sem ferir, para conquistar
Com distinção perceptível, o que chamamos virtudes
Também meus sonhos, enganos, indiferenças
Bom mesmo é ficar escuso pra errar menos
A intimidade é um arquivo com virose
E toda mentalidade tem
É da humanidade,
Afinal, até a loucura precisa de lucidez
No entanto, todo sentimento guarda timidez
É ruim guardar sensação fantasista
Sem desfraldo, o medo encortina-se fingindo
Até a dor sente-se nua, sem manto, desprotegida
Não sendo possível ser compreendido
Não havendo resposta aparente
Torna-se natural frear a ansiedade
E todo teatro das vontades
Eu reprimo comigo a querer indulto
Pois os meus desejos são mesmo ocultos