MEU AMOR, MEU ALGOZ
Vou à janela ver a vida na rua
Sinto nostalgia do que fui um dia
dores retidas em meu peito; judia
Uma pobre alma cansada e nua
Volto à sala, olho e vejo na parede
Molduras de felicidade no retrato
ELE, ao meu lado, cheio de garbo
E eu, sem poder desfazer-me dele
Sofro, mas ainda tenho esperança
Pois nem o tempo apagou o amor
Que aqui trago no peito com fervor
Quero a chance de amar sem culpas
Ainda sabendo de instantes estéreis
E que ainda trago marcas indeléveis