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Estou cansado, seco,
De muito trabalhar,
Minha vida aqui dentro,
Isolada, repetitivamente vazia,
Só me faz vituperar.

Vejo as horas dilatando,
O tempo-espaço a se curvar,
Olho, calculo e penso,
Quantas teorias, estratagemas!
Nenhuma posso comprovar.

E chega a hora tão aguardada
De minha carcaça levantar,
A preguiça, dengosa companheira,
Dá sinais de me deixar,
É a vida ressurgindo, que alegria
O expediente a terminar!

Não ria meu amigo,
Ou me condenes sem pensar,
É que eu trabalho em demasia,
Não pisco, coço e mal respiro
No máximo um soluçar,
E escrevo coisas outras,
Confesso e não me redimo,
Para, de coração, vos enviar.