Pó de Poesia

Não casei, não tive filhos

Não fui nada, nem ninguém...

Glamour, vaidade, em seus brilhos

Eu não quis, nem me convém...

Sempre me soube ser pó

E em pó eu me tornei

Depois de rodada a mó

Só poeira isso eu bem sei...

Ambição que alimentou

Todo mortal sobre a terra

Imune, não me tocou

Vivo na paz que me encerra...

Das dores não me furtei

Cada dose pelo dia

Do seu fel também provei...

... mas venci, fiz poesia.

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 23/08/2012
Reeditado em 23/08/2012
Código do texto: T3844878
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