Pó de Poesia
Não casei, não tive filhos
Não fui nada, nem ninguém...
Glamour, vaidade, em seus brilhos
Eu não quis, nem me convém...
Sempre me soube ser pó
E em pó eu me tornei
Depois de rodada a mó
Só poeira isso eu bem sei...
Ambição que alimentou
Todo mortal sobre a terra
Imune, não me tocou
Vivo na paz que me encerra...
Das dores não me furtei
Cada dose pelo dia
Do seu fel também provei...
... mas venci, fiz poesia.