Homem sem dono

escárnio que acaricia

dá-me todos os seus restos

um cafuné de apegos

a palavra que sorri profana e pintada

em tecidos antigos

faz o mal sem nenhum pudor

lê meus lábios

todos os botões do elevador

cada folha, cada nuvem

no fogo e no sacrifício misturado com lenda

ao lado da vida da torradeira

meus olhos não se cansam de te ofender

traga o Pai o Filho

assassine o toque estudado

do caderno de anotações

chame os seguranças, quero lutar!

eu sou culpado do emaranhado dos seus cabelos

do amor porque é verbo

e tu um verso só

um pedaço de sossego, inteligência escondida

homem sem dono

Vania Lopez
Enviado por Vania Lopez em 22/08/2012
Código do texto: T3844045
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