Homem sem dono
escárnio que acaricia
dá-me todos os seus restos
um cafuné de apegos
a palavra que sorri profana e pintada
em tecidos antigos
faz o mal sem nenhum pudor
lê meus lábios
todos os botões do elevador
cada folha, cada nuvem
no fogo e no sacrifício misturado com lenda
ao lado da vida da torradeira
meus olhos não se cansam de te ofender
traga o Pai o Filho
assassine o toque estudado
do caderno de anotações
chame os seguranças, quero lutar!
eu sou culpado do emaranhado dos seus cabelos
do amor porque é verbo
e tu um verso só
um pedaço de sossego, inteligência escondida
homem sem dono