Cemapoema *
A paisagem
Que se alonga ao fundo
De tua imagem
É de uma parte do mundo
Que não o Crato.
Não estás ao sopé do Araripe,
Este é o fato.
Mas numa praia,
Que pode ser Mucuripe
Ou a de Iracema
Que se faz contida em Cemapoema,
Teu nome
Ou, mais provavelmente, codinome,
Poetisa fagueira.
Não te mostras, por certo, na Batateira,
Ou em uma das belas praças:
Da Sé,
Cristo Rei, Siqueira Campos,
Juarez Távora,
Ou em ruas como a
Ratisbona,
Bárbara de Alencar,
Tristão Gonçalves...
Estes, mãe e filho
Por sangue bem atados
Mas igualmente ligados
Na bravura própria dos libertários.
Não importa qual dos cenários
Atrás de ti se expõe.
Importa em demasia
Que do pouco que li de tua poesia,
Fez-me bem. Quanta magia.
Se a ti não agastar
Ao menos desta vez
Tomo a licença da Fernanda Xerez
E vou por aqui terminar
Invertendo consagradas colocações:
Alencarinas Saudações.
* nome pelo qual se apresenta uma poetisa do Ceará