Cemapoema *

A paisagem

Que se alonga ao fundo

De tua imagem

É de uma parte do mundo

Que não o Crato.

Não estás ao sopé do Araripe,

Este é o fato.

Mas numa praia,

Que pode ser Mucuripe

Ou a de Iracema

Que se faz contida em Cemapoema,

Teu nome

Ou, mais provavelmente, codinome,

Poetisa fagueira.

Não te mostras, por certo, na Batateira,

Ou em uma das belas praças:

Da Sé,

Cristo Rei, Siqueira Campos,

Juarez Távora,

Ou em ruas como a

Ratisbona,

Bárbara de Alencar,

Tristão Gonçalves...

Estes, mãe e filho

Por sangue bem atados

Mas igualmente ligados

Na bravura própria dos libertários.

Não importa qual dos cenários

Atrás de ti se expõe.

Importa em demasia

Que do pouco que li de tua poesia,

Fez-me bem. Quanta magia.

Se a ti não agastar

Ao menos desta vez

Tomo a licença da Fernanda Xerez

E vou por aqui terminar

Invertendo consagradas colocações:

Alencarinas Saudações.

* nome pelo qual se apresenta uma poetisa do Ceará

Alfredo Duarte de Alencar
Enviado por Alfredo Duarte de Alencar em 22/08/2012
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