Net! Um Bem, Um Mal
Net! Aumentou o número de pessoas que se comunicam
E, atravéz de teclas, trocam palavras belas, singelas e vazias.
Muitas esquecidas, ás vezes repassada, muitas vezes fria
Muitos buscam amigos, outros inimigos, amores, paixões.
Atravessam mares, virtuais ambulantes desconhecidos.
Sem nome, endereço, sem identificação alguma
E, com toda essa tecnologia avançada, delirante.
Parou o homem, em seu silêncio máximo.
A navegar cada vez mais, em sua solidão
Bom dia! Boa tarde! Boa noite! Tudo bem?
Linda! Eu ti amo! Eu te adoro! Quero-te bem!
Paixão! Amor! Vida minha! Amor virtual!
E assim aos poucos vão se esquecendo
O brilho dos olhos confesso, exaltado.
O sabor ardente de um beijo molhado.
Alucinados, inutilmente esquecem os valores.
Que somente a palma das mãos reconhecem
Quando se tocam e se aquecem.
Dia, após dia se vão! Amigos e inimigos!
Amores, palavras dispersadas ao vento.
Corpos separados, sofridos, desatentos.
De um futuro próximo jazido.
E os cabelos negros já são alvos
A noite iluminada, negridão.
Corpo gelado, sem alma.
Última conexão!
Branca Tirollo