Adeus

Adeus, tempo! Que se estilhaçava

Sob o véu do encanto...Adeus,

Tristeza fria, que no ardor de existir

Nunca existia....

Adeus, ao desejo pueril de

Dançar na chuva, de correr

Pelos campos de milho , de

Arder como um menino nos

Braços de Gabriela...de, na estival

Centelha solitária, ser grande,

Como esse céu inteiro de agosto...

Adeus cantiga breve, de sinos

De madeira, de flertes estalos

De borboletas, de cigarras

Solitárias que se explodiam

Em poesia sonora...cantando

Sei lá quê delas mesmas...

Adeus, meu amor, que no seu

Corpo, tantas vezes morri, e

Tantas vezes me nutri de seus

Seios feito de estrelas e saudade;;

Do seu gosto de hortelã e ventania..

Da doçura que dos seus poros

Marejava minhas tardes, minhas

Noite e minha boca, minha agonia...

Deixo-a ao som desse poema:

Flauta e solidão, fortaleza

E coração, deixo á beleza de

Seu corpo, deixo ao gosto de

De sua mãos,

Essa quase imitação!

Alex Ferraz Silva
Enviado por Alex Ferraz Silva em 22/08/2012
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