Perecível
Sou um lixo poema.
Que foi escrito
E ignorado,
Jogado por aí.
E agora rola
Num vento empoeirado.
Conhece as solas, humilhado!
Despenca em fendas
Visita os bueiros da alma
E se suja de rancor
De ira.
Emaranha-se em contendas
De outros lixos
E fede mais.
Podre,
Decompõem-se as composições.
Em estrofes,
Rimas
E vermes.
Sou um poema lixo.
Nada sustentável.