LIMBO
Não, lá não tem telefone!
a estrada acaba em reta,
a música é de gramofone,
saída pequena e incerta
onde o adeus se aperta
num silêncio de renome.
Há mais janelas que portas.
Do mundo, imprecisa notícia,
assunto vago, não importa...
Há uma bruma propícia,
que encoberta o passado
trazendo idéias tortas
a um tempo pré-datado.
Não há caixa de correio.
Num espelho emoldurado,
futuro partido ao meio.
Um pouco dele é presente,
o resto é pura vigília
de flores de buganvília.
Ali a mentira não agita
aquilo que à carne grita
num resto de terra aderente
Canta a ave do sono, insone,
a brisa sopra reticente,
desculpe! Esqueci meu nome,
mas acho que era Gente.
Não, lá não tem telefone!
a estrada acaba em reta,
a música é de gramofone,
saída pequena e incerta
onde o adeus se aperta
num silêncio de renome.
Há mais janelas que portas.
Do mundo, imprecisa notícia,
assunto vago, não importa...
Há uma bruma propícia,
que encoberta o passado
trazendo idéias tortas
a um tempo pré-datado.
Não há caixa de correio.
Num espelho emoldurado,
futuro partido ao meio.
Um pouco dele é presente,
o resto é pura vigília
de flores de buganvília.
Ali a mentira não agita
aquilo que à carne grita
num resto de terra aderente
Canta a ave do sono, insone,
a brisa sopra reticente,
desculpe! Esqueci meu nome,
mas acho que era Gente.