MARIAS (DA PENHA) ? -72
Com um filho, apertado nos braços,
O outro, a segurar-lhe a saia,
Ela treme, acuada no canto,
Enquanto ele, bêbado, entra na sala...
Não a olha, nem sequer cumprimenta,
Nos filhos, não dá um beijo sequer...
Como pode, amar este homem,
E ainda, continuar sendo, sua mulher...
E na tortura de saber, o que a espera,
Chora e em silêncio... Reza,
Os filhos protegendo, acomoda, no berço,
Falta pouco, para o recomeço...
Amanhã, curará do corpo as feridas,
Gritou, mas como sempre, não foi socorrida,
Vitima, dela mesma...
De um homem... Da vida...