Morte...
Quando a morte se avizinha
e a angústia ganha espaço,
a lágrima na face caminha
e a cerviz dobra-se, por cansaço...
Ver partir quem se conhece,
quem se ama ou se admira...
É saga que enlouquece!
É dor que contra nós conspira...
Malditos são os dias da morte,
desgraçado ritual que nos magoa...
Azedo fel que provoca desnorte
e nauseia, até que a alma nos doa...
Surda impotência tremenda!
Pequenez ingloriamente assumida...
Misteriosa, sem que ninguém a entenda,
a morte chega para darmos valor à vida...