“O BALAÚSTRE QUE IMPEDE A MORTE DO HUMANO É TÃO FINO QUE LEMBRA PAREDE DE PAPEL COMIDA PELA TRAÇA...”.
“O BALAÚSTRE QUE IMPEDE A MORTE DO HUMANO É TÃO FINO QUE LEMBRA PAREDE DE PAPEL COMIDA PELA TRAÇA...”.
O Cortejo fúnebre passa silencioso,
A peste foi algo tão monstruoso.
Os balaustres estão todos de luto!
Bandeiras negras prestando um tributo!
Os padres comemoram a vitória,
Mataram as bruxas para a sua glória,
Caçaram as curadoras e seus gatos,
Assim também aumentaram os ratos.
Ratos por todas as partes da cidade,
É a mão de Deus que não deixa nada na impunidade.
Ratos e pulgas juntos com humano sujão,
É a festa da peste espalhada pelo chão.
Os balaústres são os senhores da morte,
Para o pobre e para o rico sem “sorte”.
São corpos amontoados ao acaso,
Do nascer do dia até o ocaso.
Corpos duros com pau em vala comum,
O rico e o pobre virou apenas nenhum.
Ratos e pulgas por todos os segmentos!
Eles deixaram a muito de serem alimentos!
Peste negra traz uma nuvem de corvos,
Os corpos mortos viram estorvos.
Duros como o balaustre sob o corrimão,
No lugar de estar em pé estão caídos no chão.
Mais ratos mais disseminadores!
Surgem assim outros deuses e seus adoradores.
O humano idiota não aprende com isso nada,
Mataram um gato e a vida deu a peste como uma porrada.
Essa é a lei natural.
É o equilíbrio sem igual.
Vida e morte!
Do sul ao norte!
Soltem a peste,
Do leste ao oeste.
Humano mata humano.
O mundo virou algo tão insano.
André Zanarella 26-01-2012