PARA UMA ASSASSINA (quase) ARREPENDIDA
Nascem noites
Quando morrem os dias;
A vida escorre
Entre o orvalho da noite
E o cristalino dia.
Quando a noite
Engole o dia
Um porre
De vinho, cerveja,
Qualquer destilado,
Um sabor de álcool isolado
Qualquer um que seja
Ou tudo em um só, misturado.
Conversas fora lançadas,
Ânsias de amor desesperadas
Nas volúpias
-A troco de Rúpias-
Bem ou mal saciadas.
A vida escorre
Na noite e no dia
E o que se julga dono da vida, morre
Seja noite ou dia.