Pássaro Azul

Pousou no portão.

De onde vinha, SUL

Não se acanhou

(Era senhor de si)

permaneceu.

Parecia, ao longe, simples pardal.

Permitiu desbravar todo o canal:

parede e muro como limites.

Tudo era cinza:

do frio, da bruma, do inverno

(A cerejeira, rosa – suavizava tanto chumbo)

Ele, o pássaro, coloriu abrindo as asas

mostrando que o dia seria especial.

Era canoro.

Pássaro Azul.

A cor contrastava trazendo

as palavras como brasas:

tocou a boca da razão

selando a emoção.

Fez-se Poesia.

Leonardo Lisbôa, 17/08/2012

Leonardo Lisbôa
Enviado por Leonardo Lisbôa em 20/08/2012
Reeditado em 24/08/2012
Código do texto: T3840509
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