Além de mim
Não sou eu
Não sou eu...
Não é meu corpo
que caminhas nestas linhas
É minha alma que faz varanda
Faz jardim, faz rio..
E descansa, colhe flores..lava-se
Não são meus olhos que veem paisagens
É minha alma que brinca de saudade
Salta amarelinha, pula corda
e corta os desprezíveis parágrafos
Não! Não sou eu que me debruço à mesa
E corto os pulsos na insensatez
de não compreender o mundo
É a minha poesia que transgride a regra dada
e perde a compostura, e perde a linha...
esquece as margens.
Cristhina Rangel.