A MINHA SAUDADE
A minha saudade tem o cheiro da morte;
Traz o cheiro do adeus bem preso no ar.
Tropeços na vida, tropeços da sorte,
Lamentos dos ecos perdidos a gritar.
A minha saudade esconde no abstrato;
Anda abraçada na dor que persiste...
Mora ao lado do vento, junto ao contrato,
Agarrar tudo que é choroso e ainda existe.
A minha saudade é fiel até por demais!
Tornou-se uma sombra junto à minh’alma,
Mesmo sabendo que não a quero mais;
Roubou meu sorriso, levou minha calma.
DIONÉA FRAGOSO