MEUS RATINHOS
-Billy Brasil – 18-08-2012 – 20,09 hs – sábado.
Pqi – São Bernardo do Campo – SP.
Minha gaveta estava com algumas roupas levemente roídas.
Que horror! Fiquei nervoso. Até pensei no veneno, armei a ratoeira.
Um pedaço de queijo branquinho cor neve, seria sua ultima comida.
Pensamentos. Vinho tinto e jantei. Sentei na cama pela canseira.
O volume da TV baixo, principalmente com os ouvidos atentos.
Nada. Epa... Três da matina ouço barulho, com certeza é o rato.
Quase sem respirar, tenso, apoiei-me de leve no pequeno assento.
Adoraria ver esse roedor estrebuchando, ô droga pô que chato.
Um descuidinho e a ratoeira desarmou tava que só o pó.
Abri os olhos de vez ele comeu o queijo, correu atrás do armário.
Pensei comigo, pegarei uma vassoura vou matar ele sem dó.
O que ele pensa que é, andando pela casa, e já se faz de usuário.
Localizei o infeliz, é agora. Era um rato enorme e branco, eita.
E acuado sem saída ficou parado olhando pra mim com a vassoura.
Nossa, foi quando percebi, uns ratinhos eram sua cria, Le, Le, Le...
Mãe ratazana trazia comida aos filhos. Situação constrangedora.
Perdi o rebolado, como matar aqueles bichinhos indefesos?
Mas roeram minha roupa, frágeis, tão bonitinhos, me aproximei.
Correram pra debaixo da mãe, ela não, acreditou no meu olhar.
Falando baixinho com ternura, peguei um filhote, vai morder?
O ratinho esperneava, acalmei-o, ficou quieto na palma da mão.
Não eram de esgoto, olho rosa, fugiu na certa de algum lugar.
Xeque-mate, esnucado, peguei um por um, acomodei-os num caixão.
Oito ratinhos, eu sozinho, decidi, a partir de agora será nosso lar.
Fico doido, fuçam em tudo, a ratazana, sobe em meu ombro.
Entristece se não falo com ela, ganhei nove companhias, beleza.
Pensar que por pouco, quase matei a ratazana no primeiro encontro.
Teria remorso, afinal são viventes no mundo, estavam sem defesa.
Quero ver a cara de minha nova paixão, se vai ou não aceitar.
Sei que hoje sou feliz com meus novos amiguinhos.
Se a próxima mulher não puder se adaptar.
Vou sentir muito, mas não fico mais sem os meus ratinhos
-Billy Brasil – 18-08-2012 – 20,09 hs – sábado.
Pqi – São Bernardo do Campo – SP.
Minha gaveta estava com algumas roupas levemente roídas.
Que horror! Fiquei nervoso. Até pensei no veneno, armei a ratoeira.
Um pedaço de queijo branquinho cor neve, seria sua ultima comida.
Pensamentos. Vinho tinto e jantei. Sentei na cama pela canseira.
O volume da TV baixo, principalmente com os ouvidos atentos.
Nada. Epa... Três da matina ouço barulho, com certeza é o rato.
Quase sem respirar, tenso, apoiei-me de leve no pequeno assento.
Adoraria ver esse roedor estrebuchando, ô droga pô que chato.
Um descuidinho e a ratoeira desarmou tava que só o pó.
Abri os olhos de vez ele comeu o queijo, correu atrás do armário.
Pensei comigo, pegarei uma vassoura vou matar ele sem dó.
O que ele pensa que é, andando pela casa, e já se faz de usuário.
Localizei o infeliz, é agora. Era um rato enorme e branco, eita.
E acuado sem saída ficou parado olhando pra mim com a vassoura.
Nossa, foi quando percebi, uns ratinhos eram sua cria, Le, Le, Le...
Mãe ratazana trazia comida aos filhos. Situação constrangedora.
Perdi o rebolado, como matar aqueles bichinhos indefesos?
Mas roeram minha roupa, frágeis, tão bonitinhos, me aproximei.
Correram pra debaixo da mãe, ela não, acreditou no meu olhar.
Falando baixinho com ternura, peguei um filhote, vai morder?
O ratinho esperneava, acalmei-o, ficou quieto na palma da mão.
Não eram de esgoto, olho rosa, fugiu na certa de algum lugar.
Xeque-mate, esnucado, peguei um por um, acomodei-os num caixão.
Oito ratinhos, eu sozinho, decidi, a partir de agora será nosso lar.
Fico doido, fuçam em tudo, a ratazana, sobe em meu ombro.
Entristece se não falo com ela, ganhei nove companhias, beleza.
Pensar que por pouco, quase matei a ratazana no primeiro encontro.
Teria remorso, afinal são viventes no mundo, estavam sem defesa.
Quero ver a cara de minha nova paixão, se vai ou não aceitar.
Sei que hoje sou feliz com meus novos amiguinhos.
Se a próxima mulher não puder se adaptar.
Vou sentir muito, mas não fico mais sem os meus ratinhos