Submundo

Não se ouve janelas, nem portas nem céus.

Não se vê vozes, nem músicas nem sons.

O abismo que aponta o incerto, o mistério.

“O que há ao fundo da escuridão?”

A vida que se “desnua”, se destece e envolve

a pobre e vil alma, presa à impotência da libertação.

Quero tecer a vida de liberdade, de beleza e compaixão.

Quero viver a vida que fora tomada como tiro de um arpão.

E nesse mundo “desmundo” de marionetes e carnifação.

Quero fugir. Correr. Gritar.

Quero ver sons. Ouvir cores.

Queimam-se sons, imagens, cordas, almas.

E não se vê nem se sente

O que há no imo da escuridão.

(Em 2010)

Por Jéssica França
Enviado por Por Jéssica França em 19/08/2012
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