ESPERANÇA

Vivo escrevendo,
Sonhos e fantasias.
E outras tantas verdades...
Percorrendo os mesmos caminhos
Que muitos outros já percorreram.
Alguns já estão de volta sem perspectiva,
Dizendo que não viram a esperança.
Nem a tal luz diáfana no final do túnel.
Daí abraçarem caminhos tortuosos como fuga.
Tristes  válvulas de escape, e de engano.
Adjetivando a dor e o pessimismo!
A tentarem se agarrar a algo indescritível.
Imponderável, indecifrável, quimérico.
Eu não! Continuo firme,
Continuo sonhando as minhas fantasias...
Não as deixndo escapar-me entre os dedos,
Pois elas são os antídotos a qualquer aferro.
Obra prima da minha poesia a ativar-me a emoção.
Varanda aberta por onde passam as minhas rimas.
Onde enfeito minhas metáforas.
Onde cinzelo meus cálices!
E quando o desalento se insinua,
E a nostalgia bate-me à porta, atendo-a,
E educadamente a despeço com sorriso nos lábios
Agradecido à vida pelas voltas que ela oferece.
Entendendo que o Sol amanhã trará um novo dia.
Por isso quando caem as tempestades.
Apenas molham-me por fora!.

Albérico Silva