"POETA SEM ESCOLA"
POETA SEM “ESCOLA”
Não sou um “poeta artífice da concepção aristotélica”,
Não sigo as rígidas normas estruturais do gênero!
Minha obra não tem uma elaboração formal apurada.
Em meus versos, coloco sentimento e emoção de maneira famélica.
Apurada, só minha maneira de viver: apressada!
E meu modo de vida transborda de sobra em minha obra.
Por esse prisma, sou mais a “concepção platônica do poeta inspirado”.
Meu pensamento, a qualquer momento, é sempre cheio de estro,
Minha emoção é de poeta engajado, ainda que um tanto canhestro.
Uso a caneta como a reger uma orquestra de idéias sagradas e profanas.
“Nem tanto engenho nem tanta arte”: lembrança camoniana.
Isso à parte, escrevo com muito empenho e cheio de gana:
Não de ganância, sim, de ímpeto de um poeta ínclito.
À parte essas valiosíssimas concepções de tempo prisco,
Vou escrevendo fortes emoções e correndo sério risco
De chocar opiniões e algum “apurado” gosto artístico.