Lago dos patos
Sinto a fumaça escapar por entre os meus dedos
E não importa quanta força faça para manter minhas mãos fechadas, ela se vai....
Então errei fazendo a coisa certa e dei-lhe o adeus contando com a sorte de vê-la novamente
Nunca mais a terei, e prossigo caminhando contra as possibilidades
Te procurando mesmo não havendo probabilidades
Tendo tudo contra mim mas indo contra tudo mesmo assim.
Nesse diário a vida é uma novela e nessa historia meu personagem é triste
O final é sempre o mesmo e continua a velha conspiração contra mais um coadjuvante na peça da vida
Protagonizo toda a dor de dia após dia aceitar que isso é tudo
Nossa historia foi vivida em uma tarde de segunda feira
Encerrada ao toque da estação,
Fecham-se as portas, de um lado delas todos os sonhos
Do outro apenas um errante.
Fortalecida a coragem nas lembranças de seus sorrisos
Teu rosto se apaga com o tempo
E o que mais machuca é não conseguir lembrar de tua imagem
É tudo tão inerte que parece um sonho
Tudo tão vago que já não deve mais ser real
O tempo passa batendo, machucando e levando tudo consigo.
Sem foco, com esperanças, acreditando como mais uma criança,
Se todo o mal do mundo tem como meta me desanimar,
Se toda tristeza se findar ao me atingir, toda “sorte” de erros tem por objetivo fazer-me parar ao limite de meu cansaço...
Então mais uma vez eu os canso, e oriento-lhes para que desistam, estou só começando e milênios não lhes serão suficientes para talvez plantar em mim uma única semente de cansaço.
Se eu luto para tornar possível o impossível sou forte
Mas se lutam para me ver desistir, não passam de loucos.