Lago dos patos

Sinto a fumaça escapar por entre os meus dedos

E não importa quanta força faça para manter minhas mãos fechadas, ela se vai....

Então errei fazendo a coisa certa e dei-lhe o adeus contando com a sorte de vê-la novamente

Nunca mais a terei, e prossigo caminhando contra as possibilidades

Te procurando mesmo não havendo probabilidades

Tendo tudo contra mim mas indo contra tudo mesmo assim.

Nesse diário a vida é uma novela e nessa historia meu personagem é triste

O final é sempre o mesmo e continua a velha conspiração contra mais um coadjuvante na peça da vida

Protagonizo toda a dor de dia após dia aceitar que isso é tudo

Nossa historia foi vivida em uma tarde de segunda feira

Encerrada ao toque da estação,

Fecham-se as portas, de um lado delas todos os sonhos

Do outro apenas um errante.

Fortalecida a coragem nas lembranças de seus sorrisos

Teu rosto se apaga com o tempo

E o que mais machuca é não conseguir lembrar de tua imagem

É tudo tão inerte que parece um sonho

Tudo tão vago que já não deve mais ser real

O tempo passa batendo, machucando e levando tudo consigo.

Sem foco, com esperanças, acreditando como mais uma criança,

Se todo o mal do mundo tem como meta me desanimar,

Se toda tristeza se findar ao me atingir, toda “sorte” de erros tem por objetivo fazer-me parar ao limite de meu cansaço...

Então mais uma vez eu os canso, e oriento-lhes para que desistam, estou só começando e milênios não lhes serão suficientes para talvez plantar em mim uma única semente de cansaço.

Se eu luto para tornar possível o impossível sou forte

Mas se lutam para me ver desistir, não passam de loucos.

rOg Oldim
Enviado por rOg Oldim em 16/02/2007
Reeditado em 16/02/2007
Código do texto: T383526