BASTA ISSO
BASTA ISSO
Não sei por que as luzes se acendem
E também não sei por que se apagam
Não entendo o brilho das estrelas!
Não sei por que o papagaio aprende a falar
e outras aves não...
Não entendo...
porque uns partem cedo e outros tarde!
Não entendo o que é cedo e o que é tarde...
Não sei quando dói, nem quando arde
Não sei quando corta, nem quando machuca
Só sei quando choro!
Não sei quando nasço ou quando recomeço
Só sei do meu sorriso
Quando me olho no espelho
Aprendi que nem sempre o rubro é vermelho
Que nem sempre a terra é ocre
Que a lágrima pode ser colorida
E a gravata,
solta, florida...
Enquanto que a asa pode conter
enrijecer, tolher...
Basta que se insista em querer assim,
de tudo saber
Basta que se deixe de sentir,
E prefira conhecer
Que se deixe de sonhar
e troque por comprar
Que se deixe de imaginar
e precise tocar
Basta... basta isso
Para que se sinta
o que é partir cedo!