ESQUECER
o livrador esquecimento
não demore de acolá da morte
e me rapine do norte em névoa
os meus puídos olhos, os padecimentos
este senso me evapore pelas bordas
sangrando de mim afora, os nomes
dos pecados torvos das alcovas...
eu me tope desprevenido
ao tiquetaquear ensandecido das horas
e o marulho do redentor olvido
não seja asilo de fazer-me de rogado
e desrespeite-me, confiado, os bramidos
de possa haver qualquer algo,
o mais delével vestígio a merecer-me abrigo...