A fome






 

 

Detestar todos os seus segredos,
e inventar novos pecados imperdoáveis....
Avie-se pois vem o dia,
e há que se fazer boa figura,
para os portadores do perdão.
Em que mãos deixaste a redenção?

Talvez a terra acolha o amor,
na forma de um corpo sem vida,
que encerra um coração cego.
Mas ama-se pelo baço, não pela mente.
Sofre-se dores que estão logo alí,
nunca dentro do irrequieto desejo.

Céu, paraíso, todos nós inventamos...
e estes não estão onde o colocamos.
Plagiam o que de bom ainda resta,
de um tempo inconsciente, bem antes
de se poder entender o que é a finitude.

Avie-se, pois vem o dia,
e há que se entender de física e aneurismas.
Para os portadores da teoria da fome,
pergunte o que, de novo, reluz na noite....
em que mãos, abandonaste tua libertação?

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 16/08/2012
Código do texto: T3834135
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.