era eu, amor?

era a tarde etérea

vermelha e amarela

feita de feijão e arroz

era o amor um abraço

um beijo e aperto de mão?

era a vida duas, ou

uma se entrelaçava na

outra numa permissibidade,

como o feijão que entra

num poema como terra

ou como verdade?

era o amor,

amor, ou esse

medo de que

sozinho, tudo fica

mais cinza e lúngubre

somo se o cemitério

mossa em meu peito?

era eu, amor?

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 16/08/2012
Código do texto: T3834036
Classificação de conteúdo: seguro