era eu, amor?
era a tarde etérea
vermelha e amarela
feita de feijão e arroz
era o amor um abraço
um beijo e aperto de mão?
era a vida duas, ou
uma se entrelaçava na
outra numa permissibidade,
como o feijão que entra
num poema como terra
ou como verdade?
era o amor,
amor, ou esse
medo de que
sozinho, tudo fica
mais cinza e lúngubre
somo se o cemitério
mossa em meu peito?
era eu, amor?