Ao Álcool
Poeta? Que tens que dorme?
Com a fronte tão enaltecida,
Acaso teria um pouco de fome?
Ou estás ébrio pela bebida?
Erga-te que já vos pressinto,
O álcool evaporar das taças,
Um gole! Ao amargo absinto
Acordaria em ti até as traças!
Enfim dormes como criança,
Beijando a mesa assim sozinho,
Perdestes toda a sua esperança
E amarga-te os lábios o vinho?
Teu corpo mole na embriaguez
Caí em seco eco de baque,
Usurpando-lhe a tua palidez,
Ao fervor ébrio do conhaque?
Mas se a tua face assim sua,
O que nos resta na sobriedade?
Sob a pálida luzir ante a lua
Basta! Ao álcool toda felicidade