Ao Álcool

Poeta? Que tens que dorme?

Com a fronte tão enaltecida,

Acaso teria um pouco de fome?

Ou estás ébrio pela bebida?

Erga-te que já vos pressinto,

O álcool evaporar das taças,

Um gole! Ao amargo absinto

Acordaria em ti até as traças!

Enfim dormes como criança,

Beijando a mesa assim sozinho,

Perdestes toda a sua esperança

E amarga-te os lábios o vinho?

Teu corpo mole na embriaguez

Caí em seco eco de baque,

Usurpando-lhe a tua palidez,

Ao fervor ébrio do conhaque?

Mas se a tua face assim sua,

O que nos resta na sobriedade?

Sob a pálida luzir ante a lua

Basta! Ao álcool toda felicidade

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 16/08/2012
Código do texto: T3832732
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