Rascunho de escritor
Não é mais meu
O que lê
Não é mais meu
Este Português.
Trazer o verbete
Para dentro da margem
É expandir a imagem
Que o leitor remete
Na primeira pessoa
da falta de assunto
Morte à inocência tola
E ao lirismo defunto!
Quem vigia os meus escritos?
Quem vigia o que me passa?
Não sou quem pensa que habito
Ou é quem não me acha?
Injeto-lhe em poucas linhas
As sensações mais mundanas
E não sabe o quanto mudaria
Saber que sou também humana.