Três e quarenta.
A chegada da noite,
Saudosa vaidade nula,
O descontentamento sólido como pedra,
Dura solidão,
A madruga recobre o corpo com seu manto,
Três e quarenta nos ponteiros do relógio,
Vez por outra um carro e sua buzina “indiscreta”,
Depois silêncio na rua quase deserta,
Pela janela de meu quarto observo o “vazio”...
Fecho os olhos percebo que o silêncio tem “som”,
Perguntas dantes esquecidas retornam aos pensamentos,
Respostas não quero mais...
Com a suspeita de que o dia não tarda a chegar vou a busca de meu leito,
Já deitado, teimo em observar o teto,
Repasso tudo que fiz enquanto acordo,
No fim, lembro de esquecer...Adormeço.