ESPINHOS DA VIDA- 68
Depois de muito viver, perguntei para a vida,
Já não importa mais, mas, me responda, - porque me fizeste penar?
Agora será tua vez de pagar, - Quero uma flor perfumada,
Por cada lágrima que me fizeste derramar...
Poderias ter impedido, se é do destino o sofrer,
E, que minha caminhada, numa leve jornada se transformasse,
Não permitindo, que a este amor não correspondido me entregasse,
E, a cada manhã, ter que minhas tristezas e lágrimas sorver...
Com voz calma e grave, a vida me responde:
Estas flores que ora reclamas, sempre estiveram em teu jardim,
Teus olhos, cegos não às viram, nem sentiste o perfume do jasmim,
Mas, te digo, perfumaram teu caminho do princípio ao fim,
Choraste sim, mas, não de dor, porque os espinhos que eram teus...
Eu sempre os guardei para mim...