Carência

Brunindo carências nessa distância

levanto voos em noites astrais.

Pragmático às vezes, roubo o sol

para aquecer nossos leitos vazios.

Escancaro isso que sinto, não é medo.

É amor distante, ao peito sofrível lamentar.

E o tempo faz-se contraditório, em paciências

que são os alicerces de cada dia sem você.

Minha orquestra é regida por Apolo

mas desafina sem o tenor máximo de nosso querer.

Portanto quero sempre intenso esse amor doce.

Quero seu afago despido de toda falta que me faz.

E sigo em asas de pássaros planetários...

Sigo alimentando no peito nossos sonhos,

sou o eterno jardineiro de você, flor da vida;

que dá cor aos meus devaneios afogados em nossos beijos...

E o amanhã será nosso eterno sorriso

quando novamente eu mergulhar em seu olhar...