Praça

Quais feias lembranças me assombram à noite

Açoite sem graça, vergonhas se avançam

Brigas ferrenhas em plena praça

Vida palhaça, gozos descansam

Sem pressa, seus olhos passam

Teus lábios de ferro nos fizeram refém

Não direi amém para teus belos braços

Que se assanham e me ganham e me levam além

Da briga, da vida, dos calores escassos

Se o teu riso é papel, vira e mexe eu o amasso

De flor em flor, a vida é mel

De beijo em beijo, a morte eu atraso

Isabella Narcizo
Enviado por Isabella Narcizo em 13/08/2012
Código do texto: T3828578
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