Praça
Quais feias lembranças me assombram à noite
Açoite sem graça, vergonhas se avançam
Brigas ferrenhas em plena praça
Vida palhaça, gozos descansam
Sem pressa, seus olhos passam
Teus lábios de ferro nos fizeram refém
Não direi amém para teus belos braços
Que se assanham e me ganham e me levam além
Da briga, da vida, dos calores escassos
Se o teu riso é papel, vira e mexe eu o amasso
De flor em flor, a vida é mel
De beijo em beijo, a morte eu atraso