Cabisbaixo
Ando cabisbaixo,
o coração em colapso,
a distancia fere
e outro alguém interfere.
Armadilha do destino
a qual não atino.
Maldito passado!
Quando eu era um tolo.
Devo recomeçar,
tentar consertar,
fazer por merecer.
Tempo perdido?
Talvez!
Enfrentarei
e
vencerei.
Já deixei de viver,
desejei morrer.
Hoje vivo estou,
tomo mais um copo.
Deliro, endoideço!
Esparramo-me
no chão.
Será que morri?
Sinto que não,
mas como hei
de saber?
Como não o sei!
Resta-me apenas
viver, viver para
entender...
Entender o que
deixei de fazer,
e o que deveria
ter feito.
Uma nova chance,
um pequeno momento,
um grande encontro,
fico pasmo, tonto.
Nesta estrada na qual
tranço as pernas,
encontro janelas abertas,
posso ver a solidão.
Milhares de desejos,
angústias.
Logo percebo, não
fui eu o único tonto.
Arrasto-me, grito e choro,
nada muda. Sigo por esta
estrada a luz da lua,
não sou o único, agora sei...
Que venha
o novo dia
e traga-me
alegria.