Êxtase e Dor

Inebriei em seus lábios a dose de um anjo

No fundo de seus olhos frios labiei a luz

E nos? Loucos desvirginado a noite

Intermináveis sonhos de vinho

Crepúsculos vibrados em prazer

Flagelando os pesadelos sólidos da dor

Cegos e desnudos olhando a Lua

Escutando o terror da morte

Uivando trêmulos sobre o sangue do sussurro

Seguindo os rastros a meia noite

Lembrando-nos do coração sobre a chuva

Do inverno solitário e solúvel

Das poesias cinza das folhas do outono

Do cigarro sensual e perfumado

Dos gemidos esquecidos

De todo veneno de uma taça

Soluçamos o êxtase das rosas

Adoçamos o dia sórdido

E inventamos um romance infinito e suicida

Porém nossos pulsos retalhados esperam o tempo

O sinistro nascer da luz

Para apenas esquecer esse instante

Absolutamente envenenado pelos beijos

Preenchendo o vazio de nosso ser

Diego Martins
Enviado por Diego Martins em 13/08/2012
Código do texto: T3827560
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