Êxtase e Dor
Inebriei em seus lábios a dose de um anjo
No fundo de seus olhos frios labiei a luz
E nos? Loucos desvirginado a noite
Intermináveis sonhos de vinho
Crepúsculos vibrados em prazer
Flagelando os pesadelos sólidos da dor
Cegos e desnudos olhando a Lua
Escutando o terror da morte
Uivando trêmulos sobre o sangue do sussurro
Seguindo os rastros a meia noite
Lembrando-nos do coração sobre a chuva
Do inverno solitário e solúvel
Das poesias cinza das folhas do outono
Do cigarro sensual e perfumado
Dos gemidos esquecidos
De todo veneno de uma taça
Soluçamos o êxtase das rosas
Adoçamos o dia sórdido
E inventamos um romance infinito e suicida
Porém nossos pulsos retalhados esperam o tempo
O sinistro nascer da luz
Para apenas esquecer esse instante
Absolutamente envenenado pelos beijos
Preenchendo o vazio de nosso ser