Sem sentido
Nas horas corridas do relógio
Sem tempo de parar a correria
Sem nada, mas abundante de riqueza
Sentado em pé bem debaixo de uma mesa.
Se não lembrasse o que tinha esquecido
De modo algum esqueceria o já lembrado
E se saísse de onde nunca tinha entrado
Como seria se nem porta existia?
Levanto cedo bem de noite ao meio dia
Lavo a cara com modesta alegria
Só durmo tarde ao raiar do fim do dia
Vou devagar numa rápida agonia.
Nada, tudo, ventania...
Sossego, tranquilidade, agonia...
Serenidade, loucura, sabedoria...
Sem sentido, ai me DEUS, vixe Maria!