Cárcere...

num cárcere de letras

sonha a carne minha

tocar no fio do espelho

o doce gume da poesia

do etéreo, desejo sins,

já não importam-me os pés

nessa fuga de minha terra

corto caules, corto elos

ilusão dos ombros meus

carregar entre as sombras

o sopro daquele poema

ainda feto, ainda infecto

ao fogo de tantas lágrimas,

insisto, nada existe, nada resiste

farta a palavra entre os dentes

num grito mudo, cala-se, espera

só mais um passo

só mais um corte

enfim deixar o cárcere

matar da poesia, a carne....

Almma
Enviado por Almma em 12/08/2012
Código do texto: T3827365
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.