O TEMPO À AMOSTRA
O amanhecer sempre a espia
Da minha casa pobre e vazia,
Onde mora apenas eu e o meu Eu
Com um sonho que já morreu.
O anoitecer também aproximou
Sorrindo, chegou perto e me olhou,
Desejou-me na fala mansa boa-vinda
E me chamou jocosamente de linda.
O tempo também passou, deu-me adeus
E capenga contando os passos, assentou
Para descansar e orar ao nosso Deus,
Mostrando a vida lá atrás que desbotou.
DIONÉA FRAGOSO