Samba a 4 mãos



 

 


Por estar uma das mão ocupadas,
bolindando enquanto escrevo,
e por ser democrático o ultraje,
que a nenhuma seriedade respeita,
é que a Índia entrou na dança,
(não a pelada, mas a nação inflada).
E se pode-se misturar o Brasil com Egito,
tem que ter mais que charme, pra um samba divino.
Samba-se com todo o respeito possível,
com seis braços, e seis indicadores.
fazer o quê...quem não nasceu por estes lados,
samba pequeno, travado, errado e estreito.
Isso é samba ou descarrego?
Virou farofa, virou conceito.
Por via das dúvidas coloco um copo dágua,
sobre o altar...vamos fazer isso direito.

Seis braços, fazendo coisas que até eu duvido.....
alguns escrevendo, pilhando a "vibe" de lamartine,
outros se aproveitando do coma alcoólico
de fiéis libertos do samba satânico.
Oremos enquanto é tempo, mas pra uma divindade que samba...
pois se ela conhece as nossas mazelas,
entende bem as nossas pernas bambas.

Sambe por mim, enquanto me ajoelho,
e abro a boca pra improvisar um partido alto.
Agora sem as mãos, agora sem prestígio,
isso virou uma cacetada que pegou de jeito...
junto com a cachaça, o "adevogado" e o poeteiro,
como sempre foi dar na delegacia e no puteiro...
uma deusa de seis braços, bêbada e animada...
eu pasmo, com minhas calças arriadas,
querendo saber quam passou a mão na minha bunda,
roubou minha carteira e tomou meu copo dágua....
Alguém vai pagar por isso também....
samba indiano, sempre dá uma grande ressaca.

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 12/08/2012
Reeditado em 13/08/2012
Código do texto: T3826832
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