MEU PAI
A noite era quente e abafada,
em mim, uma sensação estranha.
O meu peito apertava,
como se tivesse raizes
por certeiros golpes arrebentadas
que martirizam os infelizes!
Já se fazia madrugada.
E, eu desperta...
Uma inquietude tremenda,
não consguia o sono conciliar.
E tive mêdo... muito mêdo...
Algo terrivel ia abalar a nossa casa,
parecendo que, eu vivia, um pesadelo!
Um enorme deserto, â minha frente...
se abria, um frio intenso
Me arrebenta os ossos.
Um vácuo, um absimo...
Uma dor lancinante, terrivel,
apossa-se de mim!
Que instante maldito!
O meu idolo...
caído...
Agora, ali... quieto,estanque,vencido!
E a sua vida, em doações de amor
pela própria vida,
vencida....
E eu, sua filha
naquela hora fatídica
pela dor da perda, também, vencida!
( Composta, por mim, no dia 23 de fevereiro de 1999, após a Missa de Sétimo Dia da morte de papai,João Dantas Filho,que faleceu dormindo, aos 82 anos de idade e, desde os 40 anos se submetia a tratameto cardiaco, nclusive, de seis em seis meses, viajando com mamãe, para São Paulo,Instituto do Coraçao para revisão com Dr. Zerbine> sendo aqui, religiosamente acompanahdo pelo grande médico, seu amigo e cumpadre, Dr, Antonio Dias! Papai,eu te amo eternamente!