Céu
Sob este céu nublado,
pasmo como um asno,
fico calado, não enxergo
as estrelas. Não consigo
ficar admirado.
Sei que estão ocultas,
apenas não as vejo.
Então as invento,
em meio aos carros,
criou carruagens
e uma noite de lua cheia
e céu estrelado.
Recreio o velho
sentimento do amor,
apago as angústias
e a dor. Meu sonho
não acabará a meia-noite,
mas durará tempo suficiente
para saciar-me.
Desperto!
Novamente sob o céu
nublado, sem estrelas,
sem lua, sonhando com
o amor e as carruagens,
perdido entre carros
e entre pessoas muito
ocupadas para amar.