Sem palavras
Aos meus dias
Guardo o silêncio
No silêncio refiz minhas palavras
Já não adiantava mais
Deixe-me em parte cair
Foi assim em meras partes
Que no final do cais
Eu em certo me unir
Direpente eu já estava
Pelo tempo corroído
E nesse tempo escondido
Das suas mãos deslizei
Não sabias tu que em tempo
Eu me refaziria
Que mesmo em silêncio
Eu te encontrei
Em grito de poesia
Vi-me a um fio
Pelos gestos de tuas mãos
Tive que renascer
Para te ver, eu tive
Em meio à solidão
Sem palavras faladas
Em menos palavras
Um dia mão que me guardaram
Souberam-me destruir
Serei sem palavras
O silêncio que fará
De mim um jardim.