CAMINHO IMPOSSÍVEL!
Sonhando busquei o paraíso,
Tracei um caminho que jurava ser feliz,
Fui insano, fora de meu total juízo,
Amei Pederastas e Meretiz!
Há certo instante não mais senti Deus,
Apenas vivi com a minha vontade,
Fui além do que meu sonho me prometeu,
Vivi uma mentira dentro de minha verdade!
Senti dentro de mim o ódio do amor,
Com uma mão mais fria do que da morte,
A Cocaína foi o alívio de minha dor,
O Craque foi a minha única sorte!
Não mais senti a minha alma sorri,
Tudo se tornou treva e solidão,
Por mais que tentava ir embora, nunca consegui,
Não sentia mais nas pessoas a compaixão!
Um dia abracei Lucífer pra não chorar,
Senti meu corpo levitar no espaço vazio,
Mas também senti de átimo Lucífer me abandonar,
E a realidade me encontrou mais uma vez sozinho!
Após dias sem química em meu corpo injetar,
Vivi vagando a esmo sem direção determinada,
Senti o sopro da vida a me afagar,
Quando voraz dei a primeira cachimbada!
Em meio a minha alucinação,
Senti uma mão me tocar,
De chofre me arrancou do chão,
E abruptamente senti em uma maca me deitar!
Vozes do céu, ou do inferno, dizia ele morreu,
Senti meu corpo talhado por eletricidade,
Com um ulo todo o meu corpo se estremeceu,
Vi um anjo me olhando com felicidade!
Aos pouco retomei a minha força vital,
Abri os olhos e senti a vida,
Estava desnudo deitado em uma cama de hospital,
Respirei profundamente e senti assim o cheiro de uma pessoa querida!
O ar maternal encheu o meu pulmão estraçalhado,
Quando a olhei, ela estava sorrindo acanhada,
Senti a presença de quem sempre tinha me amado,
Segurei a mão dela quente com a minha gelada!
Ela ainda sorrindo, me perguntou como estava?
Apenas sussurrei, pois a voz não saiu,
Que estava bem e que ainda a amava,
Senti Deus me tocar em meu coração frio!
Após alguns dias de hospital, voltei para casa,
Senti toda a vida em minha volta fluir normalmente,
Abracei minha mãe e senti nela um par de asas,
Há partir daí senti que fui só mais um demente!